Está a chegar a semana da leitura e, a uma semana de distância, estamos finalmente a dar os últimos passos na eleição dos representantes de cada ano nas Olimpíadas da Leitura do Olias (as OLO).
Os Tabardos foram convidados a visitar o blog todos os dias no decorrer desta semana, onde vão encontrar textos para os ajudar a treinar a leitura e aumentar as suas hipóteses de competir nas OLO.
Assim sendo, aqui estão as primeiras propostas.
1.º ano
A Casa da Mosca Fosca
Era uma vez uma Mosca Fosca,
Que vivia num bosque distante.
Farta de zunir, de dar voltas sem parar
Decidiu fazer uma casa para morar.
Podia dormir na cama
E ficar muito quentinha,
Podia receber amigos
E preparar doces na cozinha.
E a Mosca Fosca pôs-se a trabalhar
Erguendo uma casa num lindo lugar.
Pra o seu lar inaugurar sem demora
Preparou um belo bolo de amora
O seu aroma espalhou-se pelo bosque afora.
Preparou sete assentos
E para a mesa sete pratos
Não cabia nem mais um.
A Casa da Mosca Fosca,
Eva Mejuto (Kalandraka)
2.º ano
O Rei Medroso
Esta história começa um belo dia no palácio de um rei idoso
e venerável…
- Morreu o rei! – anunciou o arauto. – Viva o rei!
Ora!... já era velho…
Acontece que este monarca tinha um filho, um jovem sensível,
amante das letras, das ciências, da música… que nunca na vida tinha pegado numa
arma.
E este jovem príncipe foi coroado rei.
- Viva o rei! – gritaram, em coro, os súbditos.
O jovem herdou um imenso reino, com ducados, condados,
territórios ultramarinos…
- E um belo palácio! – diziam as gentes.
Herdou também uma dívida de cem mil moedas de ouro para com
o perigoso cavaleiro da fronteira: o cavaleiro Negro. O seu pai, o velho rei,
tinha sido um pouco mãos-largas (e um sem-vergonha, sejamos sinceros!)
- Estou furioso! – protestou o cavaleiro Negro diante do
novo rei. – O teu pai devia-me cem mil moedas de ouro. Por isso, ou pagas ou
comes! - ameaçou brandindo a espada.
– Saquearei o reino de uma ponta a outra, arrancar-te-ei os olhos, cortar-te-ei
o nariz, e aparar-te-ei as orelhas…
- E arrancar-me-ás também as tripas? – perguntou a medo o
pobre rei, aterrado.
- Olha lá… Eu não sou nenhum bárbaro! Mas já sabes: ou pagas…
ou comes!
Dito isto, o cavaleiro Negro partiu apressado, e as suas
ameaçadoras palavras ficaram a ecoar por todo o palácio.
O jovem rei estava já em desespero. Não tinha coragem para enfrentar alguém tão terrível…
De repente, teve uma ideia: quem sabe se o espadachim Dick
van Dyke não poderia tirá-lo daquele apuro.
A Mãe do Herói,
Roberto Malo e Francisco Javier Mateos (OQO)
Bom trabalho a todos!